Introdução: A Prática Baseada em Evidências (PBE) consiste em uma combinação entre a experiência do terapeuta, a melhor evidência disponível e a preferência/adaptação do paciente. O fisioterapeuta hospitalar detém conhecimentos sobre procedimentos terapêuticos validados por pesquisas, com comprovação da eficácia de suas técnicas. Sua presença é indispensável em setores como UTI adulto, UTI neonatal e enfermarias. Por se tratar de uma área primordial para a reabilitação de pacientes internados, faz-se necessário identificar se os profissionais, que atuam nos diversos setores do ambiente hospitalar, estão devidamente aptos a oferecer o melhor serviço disponível utilizando os princípios da PBE.Objetivo: Descrever comportamentos, conhecimentos, habilidades, opiniões e barreiras relacionados à PBE reportados por fisioterapeutas hospitalares atuantes em um hospital público estadual de Santa Catarina.Métodos: Foi utilizado um questionário eletrônico adaptado que identificou comportamentos, conhecimentos, habilidades, opiniões e barreiras em PBE reportados pelos participantes.Resultados: A taxa de resposta ao questionário foi de 72,72% (16 respondentes). O meio de atualização profissional mais utilizado foram os artigos científicos (56,3%), sendo a base mais acessada a Scielo (93,8%) seguida da Pubmed (81,3%). Os fisioterapeutas (87,5%) relatam que sabem o significado do termo PBE e procuram implantar a melhor evidência científica na prática clínica (75,0%), auxiliando na qualidade dos serviços de saúde (56,3%). As barreiras mais relatadas foram o idioma dos artigos, a falta da qualidade de evidências, a dificuldade de obter o artigo na íntegra, a falta de tempo, a dificuldade de entendimento dos dados estatísticos, a interpretação dos resultados e a falta de treinamento em PBE.Conclusão: Os fisioterapeutas hospitalares relatam atitudes positivas quanto ao uso da PBE, apresentam interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre o tema a fim de utilizar a melhor evidência científica na prática clínica, visando à qualidade no atendimento ao paciente. Por outro lado, algumas barreiras dificultam a implantação da PBE na rotina diária de atendimento.