Milhões de exodontias são realizadas todos os anos. A analgesia pré-emptiva (APE) com dexametasona (DEX) é eficaz para reduzir algumas complicações deste procedimento. É bastante frequente o atendimento odontológico de pacientes que utilizam baixas doses de Aspirina (BDAAS). Avaliou-se a segurança da APE com DEX nas exodontias em ratos submetidos ao uso crônico de BDAAS. Os animais foram divididos em 4 grupos (Controle, DEX, AAS e AAS+DEX) replicados em dois experimentos (E1sacrifício 2 dias após a exodontia; e E2 -sacrifício 28 dias após a exodontia), totalizando 8 grupos experimentais, recebendo uso crônico de BDAAS e dose única de DEX, via gavagem. Foram coletados e analisados os estômagos e as hemimandíbulas. As avaliações gástricas demonstraram que houve aumento das lesões nos grupos AAS e AAS+DEX em relação ao Controle e ao grupo DEX (p<0,05). Não houve diferenças significativas entre o grupo DEX e o grupo Controle, nem entre o grupo AAS e AAS+DEX (p>0,05). Nenhum animal apresentou infecção e não houve diferença significativa no reparo ósseo alveolar (ROA) (p>0,05). Nossos resultados corroboram estudos mostrando que BDAAS aumentam os riscos de lesões gástricas, não sendo potencializados por dose única de DEX, além disso, os resultados de nossa pesquisa sugerem que esta associação de DEX em dose única com BDAAS não aumenta o risco de infecções e não interfere no ROA 28 dias após a exodontia. Em nosso trabalho concluímos que a DEX foi segura para o uso como analgesia pré-emptiva na exodontia em ratos tratados cronicamente com baixas doses de aspirina.