Nos últimos anos a maneira sobre como as pessoas gerenciam seus recursos tem motivado debates nas ciências contábeis e na administração. Essa discussão foi motivada, em grande medida, pelo aumento do endividamento e da indadimpência entre as famílias brasileiras, em função, entre outras questões, ao acesso ao crédito oferecido pelas instituições financeiras. No campo educacional, essa temática tem sido cada vez mais trabalhada e valorizada, tanto no ensino superior quanto no fundamental, a partir de abordagens interdisciplinares. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo analisar o comportamento financeiro dos discentes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). A metodologia utilizada foi de natureza quali-quanti, a partir da aplicação de pesquisa com vinte questões semiestruturadas, no universo de 67 alunos. Os resultados apontaram que os discentes têm cada vez mais contato com a educação financeira e administram suas finanças pessoais que, geralmente, costumam seguir algum tipo de controle de gasto, no entanto, a maioria utiliza o cartão de crédito como forma de pagamento das compras; além disso, notou-se que quanto menos se ganha, maior é o comprometimento com os gastos. Assim, este estudo fornece informações acerca da realidade da educação financeira, destacando a necessidade de maior intervenção no ambiente de ensino, desde a educação básica, ao nível superior, para colaborar com a formação dos discentes e promover uma gestão financeira consciente e equilibrada para o futuro, reduzindo a taxa de endividamento e incentivando o uso mais consciente dos recursos.