RESUMOEsta pesquisa teve por objetivo adaptar para o contexto brasileiro a Escala do Nível de Satisfação com o Relacionamento Amoroso (ENSRA, Rusbult, Martz, & Agnew, 1998). No primeiro estudo (N=269), buscaram-se evidências de validade baseadas na estrutura unifatorial do instrumento e analisaram-se as propriedades dos itens de acordo com a Teoria de Resposta ao Item. No segundo estudo (N=1.498), propôs-se uma versão revisada da escala (ENSRA-R), incluindo-se novos itens com parâmetros mais elevados de dificuldade. Análises fatoriais exploratórias e confirmatórias indicaram uma estrutura unifatorial também para ENSRA-R. Conforme esperado teoricamente, ENSRA e ENSRA-R correlacionaram-se positivamente com outra medida de satisfação com o relacionamento e com amor romântico, e negativamente com intenção de terminar o relacionamento. Ambas as versões do instrumento apresentam satisfatórias evidências de validade e adequados índices de precisão, contudo, a ENSRA-R mostrou-se mais informativa, cobrindo uma maior porção do traço latente, comparada à ENSRA.Palavras-chave: satisfação com o relacionamento amoroso; adaptação de escala; amor.
ABSTRACT -A Measure of Satisfaction in the Romantic RelationshipThis study aimed to adapt the Investment Model of Commitment Processes Scale (Escala do Nível de Satisfação com o Relacionamento Amoroso -ENSRA -Rusbult, Martz, & Agnew, 1988) to the Brazilian context. In the first study (N=269), we sought evidence of validity based on the unifactorial structure of the instrument and analyzed the properties of the items according to the item response theory. In the second study (N=1498), a revised version of the scale (ENSRA-R) was proposed, including new items with higher difficulty parameters. Exploratory and confirmatory factor analyses indicated a single-factor structure for both the ENSRA and ENSRA-R. As theoretically expected the ENSRA and ENSRA-R correlated positively with another instrument that assesses relationship satisfaction and with romantic love, and negatively with the intention to break-up. Both versions of the instrument provide satisfactory evidence of validity and adequate accuracy, however, the ENSRA-R was more informative, covering a larger portion of the latent trait compared to the ENSRA.