Evolução das publicações em saúde do idoso na Revista Ciência & Saúde Coletiva

Abstract

Resumo O presente trabalho analisou o perfil das publicações relacionadas à saúde do idoso no periódico Ciência & Saúde Coletiva, em termos de sua evolução quantitativa, abordagem metodológica, temática e instituições envolvidas. A seleção dos artigos considerou o título, resumo e descritores e cobriu todo o conteúdo publicado entre 1996 e 2019. Os artigos incluídos foram classificados quanto ao ano de publicação, tipo, temática, abordagem metodológica e vínculo institucional do primeiro autor. A análise dos dados baseou-se em frequências absolutas e relativas, além de medidas-síntese (média) e de variabilidade (desvio-padrão). Os resultados mostraram um consistente crescimento das publicações acerca da saúde do idoso na Ciência & Saúde Coletiva, com predominância da abordagem quantitativa, voltada majoritariamente para a investigação de temática relacionada às condições de saúde e ao uso de serviços e insumos de saúde. Na maior parte deles, o autor principal era vinculado a uma instituição de ensino/pesquisa de caráter público, localizada na região Sudeste. Os resultados indicam que o periódico tem contribuído para dar uma maior visibilidade à saúde do idoso, mas que as publicações sobre esse tema reproduzem a desigualdade vista na produção científica nacional.

Estudo bibliométrico da produção científica da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia entre 2014 e 2019

“…In the period 2017 to 2019, there were 867 different authors and the predominant characteristics were similar to those verified in the previous period, with 96.77% Brazilians. Regarding the location of the authors' affiliation institutions, there was a reduction in those located in the Southeast to 39.68% and those in the South to 24.45%, and even so, these two Regions continued to be the highlights with greater participation in the volume of productions, as observed in other studies 7,16 . Nursing education was the most prevalent (29.87%), followed by Physiotherapy (15.46%) and Medicine (13.03%).…”

“…The linkage of authors to public higher education institutions, for the most part, has been observed in other bibliometric studies, 16,22 and it highlights the social importance of this segment in the scientific production and current reality, as the advancement of science and technology, especially in health, has the potential to promote changes in people's lives and health. Thus, it appears that it is essential that there is encouragement and investment in public education, in disagreement with the funding restrictions that have been observed in Education, science and technology, expanding research groups and increasingly strengthening scientific production on older people health 22 .…”

“…Regarding the themes in Geriatrics and Gerontology at RBGG, the diversity of themes and disciplinary areas in the present study reveals the broader trend of contemporary research, beyond those centered on the disease, and more towards biopsychosocial and behavioral processes, reflecting the same direction of studies in public health 16 .…”

“…The field of research involving older people was included in other recent bibliometric reviews, both in health and in other areas of knowledge [10][11][12][13][14][15][16] , which demonstrates the current interest of the academic community in knowing the profile of publications in this segment. The undeniable importance of the ascendancy of publications lies in the possibility of transferring knowledge to the improvement of professional practice, allowing the expansion of care for the older population and combating health conditions that compromise the health of this population group 17,18 .…”

Fatores de risco associados à perda dentária em idosos: uma revisão integrativa

“…Em 1950, a população idosa representava 4,9% da população do país, já em 2000, esse número passou a representar 7,9%, em 2010 saltou para 10,2% e em 2040 essa porcentagem pode chegar a 23,9%. Desse modo, esse fenômeno causará mudanças no perfil epidemiológico do país, com uma maior incidência de doenças crônicas, desencadeando assim, altos custos para o sistema de saúde (Firmo, 2020).…”