O Complexo Máfico-Ultramáfico Estratiforme de Tucunduba (CMUET) compreende uma intrusão acamadada com geometria elipsoidal, com eixo maior apresentando direção N025° e área de aproximadamente 4 km2, constituído de metapiroxenitos, metagabros e metagabronoritos intrudidos em rochas granito-migmatíticas de idade paleoproterozoica do Domínio Ceará Central (DCC), Província Borborema (PB), Nordeste do Brasil. Essa associação magmática é cortada por diques alcalinos de idade oligocênica, pertencentes ao Vulcanismo Messejana. As rochas máfico-ultramáficas são representadas por três zonas litológicas: Zona Ultramáfica de composição peridotítica e piroxenítica localizada na porção noroeste do complexo; Zona de Transição caracterizada por mistura de rochas piroxeníticas e gabroicas, com textura e estrutura variadas; e Zona Máfica de composição gabro-norítica, concentrada na porção sudeste, além dos bordos oeste e norte do corpo. As zonas formadoras do CMUET foram afetadas parcialmente por deformação e recristalização metamórfica, resultantes de metamorfismo regional em fácies granulito, evidenciado por textura de poligonização formada por cristais de ortopiroxênio e clinopiroxênio, bem como ocorrência de hercinita, experimentaram retrometamorfismo em fácies anfibolito, com expressiva formação de hornblenda, e alteração hidrotermal em condições de fácies xisto verde a sub-xisto verde, caracterizada pela formação de minerais hidratados (talco, serpentina, actinolita, tremolita e clorita). Texturas e estruturas primárias, como acamamento ígneo, do tipo rítmico, e textura cumulática, são ainda preservadas. Importantes ocorrências de blocos de minério maciço rico em Fe-Ti (± V) são encontradas, principalmente, no domínio das rochas metamáficas. Dados de geoquímica de solos indicam valores anômalos de S, Cu, Co, Ni, Ti e V, sugerindo a existência de alvos potenciais para sulfetos (Cu, Co e Ni) e óxidos (Ti e V).