Objetivou-se analisar a associação dos fatores sociodemográficos e patológicos com os resultados perinatais em gestantes adolescentes entre 12 a 18 anos, classificadas como alto risco e acompanhadas por um serviço especializado. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem quantitativa. Foram analisados 920 prontuários de gestantes de alto risco, no período de setembro de 2012 a setembro de 2013. Os dados foram submetidos aos testes qui-quadrado (x²) e teste exato de Fisher. Do total, 6,7% eram gestantes adolescentes, das quais 5,2% foram selecionadas para esse estudo por realizarem o parto no hospital referência. A média de idade foi de 16,7anos e em relação ao número de gestações 18,8% adolescentes já estavam na segunda gestação, predominou-se o parto normal com 52,1%. Em relação às condições de riscos, nas condições clínicas pré-existentes, destaca-se a prevalência de hipertensão arterial (8,3%) e dependência de drogas lícitas (8,3%), nos antecedentes obstétricos o parto prematuro apresentou prevalência de 8,3%. Já nas intercorrências na atual gestação, destacou-se a malformação fetal (16,7%), seguido do trabalho de parto prematuro (12,5%). Quando analisado o desfecho perinatal das adolescentes, aquelas que apresentaram condições clínicas pré-existentes obtiveram associação estatística significativa para baixo peso ano nascer (p=0,03), intercorrência clínica na atual gestação apresentaram associação com o parto pré-termo (p=0,04) e baixo peso ao nascer (p=0,001). Conclui-se que a gestação na adolescência se relaciona com os riscos maternos tendo como consequência as complicações neonatais, destacando o parto pré-termo e o baixo peso ao nascer.