RESUMO A esclerose múltipla (EM) é uma doença auto-imune inflamatória do sistema nervoso central (SNC) que causa desmielinização seguida de remielinização incompleta. O caráter auto-imune e a suspeita de que uma infecção viral pode estar envolvida na progressão da doença faz com que o interferon-beta recombinante seja um dos mais importantes tratamentos da esclerose múltipla. Essa terapia imunomodulatória tem demonstrado resultados satisfatórios que ilustram uma diminuição dos surtos e das exacerbações dos sintomas. Entretanto, tem sido notada uma grande diferença no perfil de resposta entre os pacientes tratados, que pode ocorrer devido a fatores genéticos e moleculares. A presença de fatores que modificam a ação da droga e, consequentemente, o desenvolvimento da doença, deve ser investigada intensivamente e anticorpos neutralizantes podem ser considerados como o principal motivo da diminuição da eficácia da terapêutica. Portanto, a busca por marcadores de resposta à terapia com interferon-beta em pacientes com esclerose múltipla tem uma grande importância no monitoramento da terapêutica, de modo a definir parâmetros na resposta a esse tratamento, para o prognóstico da doença. O presente trabalho teve o objetivo de buscar critérios de resposta ao interferon-beta que possam distinguir pacientes, visando um possível prognóstico para a esclerose múltipla.