Este estudo avaliou a prevalência da candidíase vaginal e os fatores associados à sua ocorrência em mulheres não gestantes, residentes às margens do rio Tocantins, atendidas pelo Programa de Atenção à Saúde da Mulher, no Município de Imperatriz, Estado do Maranhão, Brasil. Foram considerados dados demográficos, epidemiológicos, clínicos e citopatológicos oriundos do teste de Papanicolaou e da cultura microbiológica para fungos. Para isolamento do fungo foi utilizado cultura em ágar seletivo e diferencial para Candida, além de placas de Petri. A prevalência de fungos do gênero Candida no esfregaço cérvico-vaginal foi de 42,86%, com mais de 50% dos casos sintomáticos. Identificou-se que 28% das mulheres com candidíase vaginal encontravam-se na faixa etária de 20 a 29 anos, 37,4% tinham ensino fundamental incompleto, 66,4% eram de cor parda, a maioria (63,6%) tinha como ocupação as tarefas do lar, 58% viviam com renda mensal de um a três salários mínimos e 63,5% relataram ter parceiros fixos (considerando as casadas e com união estável). Dentre as espécies de Candida isoladas e identificadas, a C. albicans foi a mais prevalente. Conclui-se que a população estudada não possui conhecimentos suficientes sobre a candidíase vaginal sugerindo a necessidade de serem fortalecidas as práticas educativas, de orientação e conscientização dos hábitos que favoreçam o controle e prevenção dessa infecção.