Esse trabalho é a conclusão de parte de um caminho que decidi trilhar a alguns anos. Durante esse caminhar, encontrei muitos parceiros que contribuíram para "minha construção", e sou muito grata por isso. Pensar em um tema, pesquisar, investigar, refazer e fazer, não é somente o construir de um trabalho científico, para mim, se trata de construir a "pessoa que escreve o trabalho".Por isso, agradeço as pessoas que estiveram comigo nessa minha "construção". O meu muito obrigada aos "meus", Sebastião e Elisabete Prado, por estarem comigo, mesmo sem estar.Agradeço ao "meu" Pedro, por me amar mesmo quando estava cansada, e sem paciência.Ao meu parceiro, Henrique, que nos momentos em que me senti vulnerável, esteve comigo.Ao meu orientador, Joaquim, por sua paciência e dedicação para me ajudar a trilhar esse caminho.Aos meus professores da pós-graduação, que doaram seu tempo, e conhecimento para que pudesse caminhar. À minha querida Érica, por me apoiar, e participar das minhas escolhas.À Lili e Mari, por sua confiança e companhia nesta caminhada. vi " (...) -O que você quer dizer? -As pessoas não têm as mesmas estrelas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, não são nada além de pequenas luzes. Para outros, que são sábios, são problemas. Para o meu empresário elas eram ouro. Mas todas aquelas estrelas se calam. Você terá estrelas como ninguém tem...(...)" (Antoine de Saint-Exupéry, trans. 2016, p. 126). vii RESUMO A literatura científica aponta prejuízos no desempenho de memória operacional (MO) em pessoas que estão dentro do quadro de transtorno do espectro autista (TEA), mas existem divergências entre qual subsistema da MO estariam afetados. Neste trabalho selecionamos artigos empíricos revisados aos pares que tenham comparado o desempenho de participantes com TEA, com participantes com desenvolvimento típico, com idades entre 5 e 18 anos. Foram incluídos somente estudos publicados na língua inglesa, em que os participantes do grupo TEA foram diagnosticados de acordo com um dos seguintes instrumentos: Classificação Internacional de Doenças CID 9.ª, 10.ª e 11.ª; Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais III, IV e V; Autism Diagnostic Observation Schedule, e/ou; Autism Diagnostic Interview-Revised; apresentar informações suficientes para o cálculo dos tamanhos dos efeitos de cada estudo; apresentar dados comportamentais; avaliação de um índice de quociente intelectual (QI), e esse índice, ser critério de seleção dos participantes (QI ≥ 70). Os resultados mostram a existência de um prejuízo significativo no desempenho do grupo TEA, em comparação ao grupo controle, principalmente em tarefas e testes que avaliaram a MO visuoespacial. Também foi verificado, em menor magnitude, prejuízos significativos no desempenho da MO verbal. Estes achados ampliam, e confirmam, resultados de trabalhos anteriores (