Introdução: Neutropenia febril, atualmente, é uma condição frequentemente observada no ambiente de terapia oncológica. Tal complicação está associada ao uso de quimioterápicos. Objetivo: contribuir para a contínua redução da mortalidade associada a esta condição, através de uma abordagem centrada na estratificação de risco e antibioterapia precoce de amplo espectro. Método: Foi realizada uma revisão narrativa de literatura, utilizando as bases de dados Pubmed, Scielo e UptoDate. Para a busca, foram utilizados os descritores: "Neutropenia Febril"; “Neutropenia em pacientes oncológicos"; "Febre pós quimioterapia" e “Neutropenia febril pós quimioterapia". A pergunta norteadora foi: “Qual estratificação de risco e tratamento mais adequados para pacientes oncológicos com neutropenia febril?”. Foram selecionados artigos entre os anos de 2010 a 2023. Excluíram-se artigos que não se respondiam à pergunta norteadora. Foram encontrados 237 artigos, das quais 34 correspondiam aos critérios pré-estabelecidos. Resultados e Discussão: A febre é comumente relatada em pacientes oncológicos em uso de quimioterapia. Na maioria dos casos o foco infeccioso não é encontrado. Indivíduos com neutropenia febril são classificados conforme a gravidade do quadro clínico, intensidade da neutropenia e de acordo com o regime quimioterápico utilizado. O reconhecimento precoce e o início da antibioticoterapia empírica são fundamentais para um bom prognóstico. Conclui-se que a estratificação de risco adequada, diagnóstico e terapêutica em curto espaço de tempo procedem em redução da mortalidade.