OBJETIVO: Avaliar a associação entre baixa percepção do nível de qualidade de vida (QV) e trabalho entre estudantes de graduação em enfermagem.MÉTODOS: Estudo analítico e transversal entre estudantes de uma instituição de ensino de Minas Gerais. Delineou-se a amostra em 312 pessoas, favorecendo a representatividade populacional. Utilizaram-se para coleta de dados: WHOQOL-Bref, Critério de Classificação Econômica Brasil e questionário condições demográficas, socioeconômicas, de saúde, discentes e hábitos de vida/atitude. Avaliaram-se as associações em estudo por regressão logística binária e teste Qui Quadrado, considerando associação ao nível de p≤0,05.RESULTADOS: Participaram 404 estudantes, dos quais 341 responderam ao WHOQOL-Bref. Identificaram-se idade média de 23,6 anos (±5,9) e predomínio de estudantes não trabalhadores (54,3%; n=182). Registraram-se as seguintes prevalências de baixa percepção do nível de QV (26,7%; n=91), domínios físico (23,5%; n=80), psicológico (29,0%; n=99), relações sociais (18,8%; n=64) e meio ambiente (28,7%; n=98). Através da análise bivariada averiguou-se que estudantes-trabalhadores apresentaram chance 1,65 vezes de apresentar baixa percepção do nível de QV no domínio físico quando comparados aos estudantes não trabalhadores. As prevalências de baixa percepção do nível de QV, domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente entre estudantes-trabalhadores foram de: 30,1%, 27,5%, 30,1%, 19,0% e 30,7%, respectivamente. Já entre estudantes não trabalhadores identificaram-se as respectivas prevalências: 23,6%, 18,7%, 26,9%, 17,6% e 25,8%.CONCLUSÃO: A prevalência de baixa percepção do nível de QV é expressiva e merecedora de atenção. Registrou-se associação estatisticamente significante apenas entre baixa percepção do nível de QV no domínio físico e a condição trabalho.