As uvas podem ser classificadas como uvas finas para mesa e vinho, também sendo possível distingui-las pelos compostos bioativos que apresentam, como pelas substâncias fenólicas e pela capacidade antioxidante, visto que algumas cultivares são importantes fontes desses compostos. Todavia, na pós-colheita, a senescência impacta diretamente na degradação da qualidade dos frutos, o que compromete sua comercialização, levando em consideração seu tempo de vida útil em prateleira. Essa deterioração pós-colheita, acarreta no desperdício, na perda de firmeza, na desidratação e alta susceptibilidade a agentes patogênicos. Assim, estudos tem se voltado para determinar práticas que podem influenciar no metabolismo primário e secundário das bagas de uvas, visando retardar esse processo de envelhecimento em nível celular. Destacam-se as técnicas agronômicas, o ajuste de temperatura para armazenamento, a adaptação genética das videiras e a aplicação de substâncias exógenas. Esse último em especial tem demonstrado resultados favoráveis em diversas frutíferas, como nas uvas de mesa. Esses resultados estão relacionados à ativação das vias de sinalização hormonais e das vias de defesa. Entre as sustâncias ressalta-se a importância da melatonina e do ácido salicílico para preservação pós-colheita da uva de mesa. Desse modo, nesta revisão, examinamos o progresso recente das novas metodologias para promover a preservação pós-colheita de frutas, especialmente sobre os efeitos benéficos no uso de melatonina e ácido salicílico em uvas de mesa sem semente.