“…No artigo intitulado "Patriarchy as a contextual and gendered pathway to crime: A qualitative study of iranian women offenders", publicado em 2018, os autoresMaghsoudi, Anaraki, e Boostani usaram a Grounded Theory para analisar a história de 23 mulheres que haviam cometido crimes no Iran. Essa teoria foi escolhida com o intuito de entender o tema do ponto de vista das participantes e não dos pesquisadores.Os métodos e abordagens utilizadas por esses pesquisadores permitiram chegar a resultados que identificam fatores para o engajamento de mulheres na criminalidade, experiências comuns presentes nas trajetórias das pesquisadas e efeitos.Grande parte das pesquisas analisadas apontam a presença de vitimização na trajetória das mulheres pesquisadas(KENNEDY;MENNICKE, 2018;GUETA;CHEN, 2016;BECERRA;SERRA, 2017;KÖTTIG, 2016;NUYTIENS;CHRISTIAENS, 2016;SHEPHERD et al;CARR;HANKS, 2013;JEFFRIES;CHUENURAH, 2018;SALISBURY, et al, 2018;SMITH, 2017). Esses trabalhos mostram como as entrevistadas citaram com frequência a ocorrência de violência contra elas perpetrada principalmente pelos pais, companheiros ou pessoas próximas.Na pesquisa de Luz Adriana Aristizábal Becerra e Jenny Cubells Serra (2017), 92% das 94 mulheres entrevistadas presas e ex-presas descreveram terem sido vítimas de violência física.…”