Esta pesquisa buscou adaptar e obter evidências de validade de estrutura interna da Escala de Experiências de Microagressões LGBT no Trabalho (EEM-LGBT) para o contexto brasileiro. Participaram 226 profissionais que se identificaram como LGBT, com idade média de 28,5 anos (DP = 7,19) que responderam à EEM-LGBT e um questionário sociodemográfico. O processo de adaptação da EEM-LGBT seguiu as etapas de tradução, síntese, avaliação por experts, avaliação pelo público-alvo e tradução reversa. Para avaliar a plausibilidade da estrutura tridimensional (valores no local de trabalho, suposições heteronormativas e cultura cisnormativa) foi realizada análise fatorial confirmatória. A versão em português apresentou IVC adequado, segundo juízes experts. A estrutura tridimensional proposta apresentou um ótimo ajuste aos dados (χ2/gl = 1,22; CFI = 0,994; TLI = 0,993; SRMR = 0,076; RMSEA = 0,031) e bons índices de confiabilidade (alfa de Cronbach e confiabilidade composta ≥ 0,84). A versão adaptada da EEM-LGBT apresentou qualidade satisfatória, tornando-se o primeiro instrumento no contexto brasileiro destinado a investigar experiências de microagressões LGBT no trabalho.