A doença de Dupuytren trata-se de uma fibroplasia proliferativa do tecido palmar subcutâneo ocorrendo na forma de nódulos e cordões (nódulos de Dupuytren). Pode resultar em contraturas em flexão progressivas e irreversíveis das articulações dos dedos secundariamente1,2. Inicia-se com aumento da proliferação de fibroblastos seguida de deposição de colágeno tipo 3. Apresenta diversas causas fisiopatológicas, englobando fatores genéticos, ambientais (alcoolismo e tabagismo), e forte relação com pacientes diabéticos, hipertensos e obesos8. A contratura evolui progressivamente e o tratamento varia de acordo com a sintomatologia do paciente, onde a abordagem cirúrgica torna-se a mais indicada por postergar uma possível recidiva. Atualmente, as técnicas cirúrgicas da palma aberta ou McCash modificada, a fasciotomia parcial (FP) e a fasciotomia percutânea (FPC) são utilizadas. Assim, o presente trabalho teve como intuito estabelecer parâmetros comparativos sobre o melhor método de tratamento cirúrgico de fasciectomia seletiva, levando em consideração riscos, indicação de acordo com a gravidade e melhor pós-operatório. O estudo foi realizado por meio de revisão de literatura, análise descritiva qualitativa, e retrospectiva, no período de 10 anos (2013 a 2023), onde foram selecionados onze artigos contendo dados de estudos clínicos de casos de pacientes submetidos aos três tipos de técnicas cirúrgicas, acometidos com moléstia de Dupuytren. Foram utilizados artigos científicos das bases de dados eletrônicas: PubMed, Medline e Scielo. Dos pacientes analisados com a técnica cirúrgica de McCash, todos apresentaram resultados satisfatórios com recuperação pós cirúrgicos entre 17 e 30 dias 2. O método de FPC apresentou vantagem quando comparado a FP3, dado que é minimamente invasivo, possui menor índice de complicações e redução do tempo de recuperação. Por esse motivo, foi a primeira escolha para tratar casos de contratura considerados leves4. Em contrapartida, no período de 12 meses os pacientes submetidos a FP demonstraram menor déficit total de extensão passiva em relação aos submetidos a FPC. A técnica de McCash obteve resultados satisfatórios, principalmente, ao ser aplicada a pacientes com níveis de contratura mais graves. As técnicas de FP e FPC também demostram grande efetividade, porém a FPC leva vantagem por ser minimamente invasiva e de rápida recuperação. No entanto, mais estudos clínicos comparando as 3 abordagens cirúrgicas são necessários, bem como o estabelecimento de protocolos para indicação da técnica mais adequada.