Experiência de Uso de Jogos Educacionais Digitais Individuais em Contextos de Colaboração

Abstract

Os jogos digitais de matemática projetados para crianças do ensino fundamental têm sido largamente investigados por pesquisadores da área de Informática na Educação. Apesar das importantes contribuições, observou-se a carência de estudos científicos que analisem o uso desses jogos em situações colaborativas apoiadas por teorias de aprendizagem. Logo, este artigo tem como objetivo investigar o uso dos jogos da plataforma Educacross a partir de quatro cenários colaborativos fundamentados na teoria de aprendizagem Distributed Cognition. Os resultados obtidos por meio de um estudo de caso mostraram que os alunos desenvolveram outras habilidades cognitivas (atenção e interpretação) que não eram previstas pelos jogos da plataforma.

Estrutura Ontológica para representar Papéis Colaborativos Afetivos em ambientes CSCL

“…Dado que os jogos da plataforma Educacross foram projetados para um jogador (single-player), os mesmos foram adaptados para que pudessem ser usados no contexto de colaboração conforme mostrado a seguir na descrição dos Jogos 1, 2, 3 e 4. Mais informações sobre o material usado para a realização dessas adaptações e o impacto cognitivo sobre o uso desses jogos no contexto colaborativo podem ser encontrados em Reis, Rodriguez, Lyra, Isotani, Stamato et al (2016). 4.1) No caso de resposta incorreta, os alunos devem repetir os passos 3 e 4.…”

Ensinando Operações Matemáticas com o Uso de Jogos Digitais no Ensino Fundamental

“…Em alguns momentos, observou-se que as duplas auxiliaram umas as outras e também aos colegas individualmente, desenvolvendo assim, um trabalho colaborativo e interação entre os pares na resolução das atividades propostas (OLIVEIRA e JOAQUIM, 2020). Resultados semelhantes foram identificados nos trabalhos de Reis et al (2016), Santos e Santana (2018) e Santana e Santos (2018). No jogo "Ariê Subtrair" observou uma maior dificuldade na realização das operações de subtração.…”

“…No entanto, o referido estudo foi conduzido com um número reduzido de estudantes, dificultando a generalização parcial do estudo e incentivando a realização de novos estudos. Reis et al (2016) buscaram investigar o uso dos jogos digitais de Matemática na plataforma Educacross 4 por meio de cenários colaborativos fundamentados na teoria de aprendizagem Distributed Cognition (Perry, 2003). Para isso, os pesquisadores desenvolveram uma pesquisa com 15 estudantes na faixa etária de 9 e 10 anos de idade, do 5º ano do Ensino Fundamental I, sendo nove meninas e seis meninos, através do método de investigação de um estudo de caso com abordagem qualitativa.…”

“…No Brasil, nota-se um grande interesse por parte da comunidade acadêmica em utilizar os recursos digitais para inovar nas práticas pedagógicas e impactar positivamente os resultados de aprendizagem dos estudantes da Educação Básica (SANTOS & SILVA JUNIOR 2016;PALOMINO et al 2019). No entanto, existem poucos estudos do uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nos anos iniciais do Ensino Fundamental I, principalmente, com estudantes na faixa etária até os 10 anos de IX Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2020) Anais do XXVI Workshop de Informática na Escola (WIE 2020) idade, no domínio de Matemática (REIS et al 2016;MACÊDO et al 2017) com foco no desenvolvimento da cultura digital (competência 5) proposta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil, 2019). Além disso, diversos outros fatores dificultam o uso efetivo das TDIC no ambiente educacional, tais como, ausência de suporte tecnológico, falta de infraestrutura das escolas brasileiras e ausência de formação continuado dos docentes para seleção e uso adequado dos recursos digitais (FIGUEIREDO et al 2015; SANTANA e OLIVEIRA, 2019).…”

Ensinando com jogos ou jogando com o ensino: a visão da comunidade brasileira de Informática na Educação sobre jogos no ensino de matemática

“…O uso de pré e pós testes avaliou como positiva a experiência. Continuando no tema aritmética para ensino fundamental, [Reis et al 2016] descrevem experiência positiva na aprendizagem da soma usando jogos colaborativos, avaliada também com pré e pós testes.…”