O artigo investiga comparativamente as posições assumidas nos editoriais e em artigos selecionados da Revista Brasiliense, um periódico de cultura e política nacionalista publicado entre 1955 e 1964, e as posições oficiais assumidas pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Justificada pela presença majoritária de militantes ou ex-militantes pecebistas no Conselho Editorial, entre eles Caio Prado Júnior e Elias Chaves Neto, suas duas figuras mais importantes, a comparação demonstra a organização de uma posição editorial que se distancia da hegemonia pecebista, se aproxima a uma posição independente, “caiopradiana”, eventualmente divergente da partidária, e executa lances na linguagem política do nacionalismo.