Introduction: Serial echocardiographic assessment of left ventricular ejection fraction (LVEF) is the gold standard in screening for chemotherapy-induced cardiotoxicity (CIC). Measurement of myocardial deformation using speckle tracking enables more detailed assessment of myocardial contractility. The aim of this study was to determine the relationship between global and regional longitudinal strain and CIC. Methods: This was a prospective study of 158 breast cancer patients undergoing chemotherapy with anthracyclines with or without adjuvant trastuzumab who underwent serial monitoring by transthoracic echocardiography with assessment of myocardial deformation. CIC was defined as a decrease in LVEF to <53%. Global longitudinal strain (GLS) was estimated using EchoPAC BT12 software on a GE Vivid E9 cardiac ultrasound system. Patients were classified according to the 2015 ASE/EACVI criteria as having impaired myocardial deformation when GLS was reduced (less negative), with a cutoff of -18%. Results: During a mean follow-up of 5.4 months (1-48 months), the incidence of CIC was 18.9%. A decrease in GLS was observed during follow-up for the entire cohort (baseline GLS -20.1±3.5% vs. -18.7±3.4% at last follow-up assessment, p=0.001). A total of 97 patients (61.4%) were observed to have impaired myocardial deformation (GLS ≥18%) at some point during follow-up. This decrease was more significant in patients who eventually developed CIC (GLS -17.2±2.5%, ଝ Please cite this article as: Portugal G, Moura Branco L, Galrinho A, et al. Importância da deformação longitudinal na deteção da cardiotoxicidade induzida por quimioterapia e na identificação de padrões específicos de afetação segmentar. Rev Port Cardiol. 2017;36:9---15. Resultados: Durante um período de seguimento médio de 5,4 meses (1-48 meses), a incidên-cia de CIT foi de 18,9%. Na população global observou-se uma deterioração significativa do GLS durante o tratamento com quimioterapia (-20,1 ± 3,5% versus 18,7 ± 3,4%, p = 0,001), com compromisso do GLS detetado durante em algum período do seguimento em 61,4% dos doentes. Esta deterioração foi mais marcada no subgrupo de doentes com CIT (GLS: -17,2 ± 2,5%, p = 0,02). Na análise regional da deformação longitudinal, verificou-se compromisso da contractilidade envolvendo preferencialmente os segmentos septais (seis em seis) e parede anterior (dois em três). Por regressão logística multivariada, o compromisso do GLS esteve independentemente associado ao desenvolvimento de CIT (odds ratio 4,88, IC 1,32-18,0, p = 0,017). Conclusões: O compromisso da deformação longitudinal é frequente em doentes submetidos a quimioterapia e mostrou um padrão de distribuição predominante a nível septal e anterior. A degradação da GLS foi um preditor independente de CIT.
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