Introdução: o transtorno do espectro autista (TEA) é visto como um distúrbio global do desenvolvimento, cujas áreas afetadas são a linguagem, a cognição e a interação social. Assim, a imaturidade, especialmente percebida pelos seus familiares, agrava a dificuldade em lidar com assuntos acerca da sexualidade, causando resistência em aceitar que o autista seja possuidor de direitos em relação aos seus desejos e manifestações sexuais. Objetivo: analisar as evidências científicas a respeito do desenvolvimento da sexualidade em adolescentes autistas. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, elaborada por meio da busca e síntese dos resultados de estudos publicados, relacionados à sexualidade e autismo. Em pesquisa realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizou-se a seguinte estratégia de busca: Educação Sexual, Sexualidade, Adolescente e Transtorno Autístico, indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e no sistema de métodos médicos da língua inglesa Medical SubjectHeadings (MeSH). Ainda, para a busca avançada, aplicou-se a terminologia booleana “and”, cobrindo, portanto, o período de 2015 até junho de 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: 05 artigos preencheram os critérios de elegibilidade, sendo selecionados e analisados. Os resultados apontam para que o tema seja discutido considerando a efetiva possibilidade de manifestação e vivência da sexualidade por partes dos acometidos por TEA, contribuindo, assim, para a melhora da sua qualidade de vida. Conclusão: tratar sobre a sexualidade de pessoas com algum tipo de deficiência, limitação ou necessidade especial, embora complexo, é fundamental para questionar equívocos, mitos e exclusões.