As verminoses são responsáveis por perdas econômicas significativas na ovinocultura e seu tratamento se dá principalmente pelo uso de anti-helmínticos. No entanto, nas últimas décadas tem se acentuado a ocorrência de resistência destes parasitas aos fármacos disponíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do albendazole e levamisole em 34 ovelhas da raça Texel e suas cruzas, naturalmente infectadas. Os animais estavam alocados em uma propriedade da Prefeitura Municipal de Santana do Livramento/RS, Brasil, denominada Campo de Cooperação e foram identificados com dispositivos auriculares numerados (brincos plásticos), divididos em 2 lotes de 17 ovelhas, denominados grupo albendazole e levamisole. A dosificação ocorreu a cada 30 dias, estando todas as ovelhas no período de pós-parto, sendo sempre estimado nestas datas o escore de condição corporal (ECC) das matrizes. Para avaliação da verminose, bem como a eficácia dos fármacos, realizaram-se os testes de Famacha e contagem de ovos por grama de fezes (OPG), com avaliações no pré-tratamento (D0) e pós-tratamento (D7), para posterior cálculo da porcentagem de redução de ovos (TRCOF). Já para identificação destes parasitas, realizou-se a coprocultura. Obteve-se como resultado, uma maior eficiência quando utilizado o Albendazole em comparação ao Levamisole. Os gêneros de maior prevalência foram Haemonchus sp. e Trichostrongylus sp. Observou-se fraca correlação entre os dados de OPG com Famacha e ECC. Conclui-se, assim, que há resistência aos fármacos testados nesta propriedade e que houve prevalência do parasito Haemonchus contortus em todas as análises.