RESUMOOrganismos geneticamente modificados (OGMs) ou transgênicos podem ser plantas, animais ou microorganismos que tiveram no seu material genético a introdução de DNA proveniente de outro organismo. Em alguns casos, esse organismo poder ser outro individuo da mesma espécie, ou o mais comum, de outra espécie com o qual não há cruzamento natural. O uso dessa técnica no melhoramento de plantas permitirá aumentar a produção, reduzir perdas na pós-colheita, obter culturas mais tolerantes ao estresse ambiental, obter culturas que usem mais eficientemente nitrogênio e fósforo; aumentar o valor nutricional dos alimentos; obter plantas resistentes a herbicidas, pragas e ou doenças; desenvolver alternativas para indústrias como as de combustíveis e farmacêuticas. Alguns consumidores acreditam que OGM não é natural e que o melhoramento convencional é melhor, pois segue os princípios naturais de seleção ou usa mutações naturais. Entretanto, é possível e muito comum obter combinações indesejáveis de genes através do melhoramento tradicional. Com relação a culturas resistentes a herbicidas, várias preocupações podem ser destacadas. Essas incluem: (a) deriva de herbicida para vegetação suscetível vizinha à cultura tolerante; (b) cultura resistente ao herbicida pode tornar-se planta daninha de difícil controle; (c) uso ilegal de sementes; (d) reação pública negativa à engenharia genética; (e) escape de genes para espécies nativas e (f) seleção de biótipos resistentes ou de espécies tolerantes ao herbicida utilizado. A geração dos organismos geneticamente modificados tem sido alvo de polêmica e discussão nos diversos segmentos da sociedade. Porém, não se deve generalizar o uso dos transgênicos, pois cada um deve ser analisado quanto às suas vantagens, desvantagens e contribuição à melhoria da qualidade de vida.