Os disruptores endócrinos são substâncias químicas capazes de interferir na homeostase hormonal, alterando a síntese, função, armazenamento e/ou metabolismo dos hormônios, assim dizendo, podem influenciar vários aspectos da saúde feminina por interferir no sistema endócrino. Objetivo: analisar os efeitos dos disruptores endócrinos na saúde reprodutiva feminina. Metodologia: o presente estudo foi realizado através de revisão bibliográfica de literatura. Foram utilizados documentos científicos e documentos oficiais de Organizações de Saúde Nacionais e Internacionais e selecionados os trabalhos publicados nos últimos dez anos (2014-2024) nos idiomas português e inglês. As bases de dados pesquisadas foram SCIELO, PUBMED e EBSCO. Discussão: a exposição aos disruptores endócrinos em mulheres com idade entre 45 e 55 anos demonstra fortemente uma associação com a menopausa mais precoce, ocorrendo de 1,9 a 3,8 anos antes, quando há níveis séricos ou urinários aumentados de produtos químicos desreguladores endócrinos. Há associação da prevalência aumentada de SOP (síndrome dos ovários policísticos) em mulheres na idade reprodutiva quando submetidas a maior exposição de substâncias per e polifluoroalquil (PFAS) e bisfenol A (BPA). Várias classes de disruptores endócrinos estão associados à endometriose, infertilidade feminina e insuficiência ovariana prematura. Considerações finais: a exposição humana aos produtos químicos disruptores endócrinos é permanente e contínua, pois estão presentes em diversos produtos de uso diário. Assim, isso leva a distúrbios na saúde reprodutiva feminina, cabendo ao nutricionista o papel de orientar como minimizar a exposição e sobretudo incentivar um estilo de vida mais saudável.