Os compostos alelopáticos podem afetar o crescimento e inibir a germinação das espécies. O objetivo deste trabalho foi analisar a fitoquímica e o efeito alelopático do extrato das folhas de Schinus terebinthifolius Raddi na germinação e crescimento de plântulas de Lactuca sativa L. e, posteriormente, aplicar a metodologia em eucalipto vermelho (Eucalyptus camaldulensis). Os compostos químicos foram determinados em extrato alcoólico das folhas, comparados e contrastados observando a alteração de cor. As sementes de alface e eucalipto vermelho foram distribuídas em gerbox contendo papel filtro como substrato, umedecido com 7 mL do extrato aquoso das folhas frescas, nas seguintes concen trações: (0; 12,5; 25; 50; 75 e 100%). Para todas as análises e experimentos foram utilizados três repetições. Os gerbox foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, mantidos em câmara de germinação com temperatura de 20 °C para alface e 28°C para eucalipto e fotoperíodo de 12 horas. Durante o segundo e quinto dia foram realizadas contagens das sementes germinadas de alface. O período de avaliação do experimento foi de cinco dias para alface e 12 dias para eucalipto. Ao final, foram determinadas as porcentagens de germinação, comprimento da raiz e de parte aérea das plântulas. Os resultados demonstraram interferência negativa na germinação e crescimento de alface e eucalipto em função do aumento da concentração do extrato. Entre os aleloquímicos predominantes estão os compostos fenólicos e derivados, com destaque aos flavonoides, terpenos e heterosídeos cardioativos o que pode estar relacionados ao efeito alelopático negativo da aroeira. O uso da aroeira associado ao eucalipto deve ser feito com um manejo adequado.