A epilepsia é uma condição neurológica grave, caracterizada por crises recorrentes e espontâneas no cérebro. Devido à imprevisibilidade das crises e do preconceito existente na sociedade, alguns pacientes se isolam, prejudicando seu bem-estar físico, social e emocional. Métodos alternativos de tratamento, complementares aos medicamentosos são pesquisados com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida a estes pacientes. Assim, pesquisas com exercício físico e atividade física mostram que a sua prática, pode proporcionar diversos benefícios na aptidão física e na saúde de pessoas saudáveis e também com diferentes tipos de doenças. Este estudo transversal tem como objetivo avaliar o nível de atividade física praticado pelos pacientes com epilepsia e comparar se os pacientes mais ativos possuem índices melhores de autoestima e resiliência. Foram entrevistados 80 pacientes com epilepsia de lobo temporal e utilizados os instrumentos: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Escala de Autoestima de Rosenberg e Escala de Resiliência. Os resultados mostraram que 76,2% dos pacientes foram considerados ativos apresentando assim, melhores índices de autoestima (p = 0,001) e resiliência (p = 0,003), em comparação com grupo não ativo. Observamos uma relação significativa entre o número de crises e os níveis de autoestima e resiliência, com melhores níveis de autoestima (p = 0,046) e resiliência (p = 0,032) em pacientes considerados ativos com crises semanais, em relação ao grupo não ativo. A prática de atividade física pode contribuir como um importante método terapêutico complementar ao tratamento medicamentoso na epilepsia, romovendo a melhora da autoestima e resiliência nos pacientes, proporcionando deste modo uma melhor qualidade de vida.