A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) oferece cuidados complexos a pacientes graves, requerendo monitoramento constante e suporte especializado. Os rins desempenham papel vital na purificação do sangue e na regulação de diversos processos. A Injúria Renal Aguda (IRA), com impacto sistêmico, aumenta a morbimortalidade, destacando a importância do manejo eficaz para melhorar resultados clínicos em pacientes críticos. Este estudo teve como objetivo descrever os aspectos que permeiam a IRA em UTIs. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura dos últimos 5 anos, após triagem, 18 trabalhos foram selecionados para essa pesquisa. De acordo com a revisão, encontrou-se que os pacientes mais acometidos são do sexo masculino com idade acima de 50 anos. A hipertensão arterial sistêmica e a diabetes mellitus são as comorbidades mais prevalentes nos pacientes que desenvolveram a IRA. Fatores como a ventilação mecânica invasiva associada à elevada pressão expiratória final positiva e a oxigenação por membrana extracorpórea podem contribuir na evolução da IRA. Na UTI a evolução da IRA ocorre de forma acelerada, sendo diagnosticada em um estágio mais avançado. E fatores agravantes como a inadequação nutricional e o desenvolvimento de lesão por pressão nesses pacientes, aumentam o tempo de internamento e o risco de morbimortalidade. Concluindo, fatores intrínsecos ao paciente e à terapia na UTI aumentam o risco de IRA. Compreender o perfil dos pacientes facilita um atendimento multiprofissional eficaz, agiliza o diagnóstico e permite a otimização terapêutica para reduzir os impactos na morbimortalidade associados à IRA na UTI.