Objetivo: identificar fatores associados à procura por pronto atendimento entre gestantes e puérperas com infecção pela COVID-19. Métodos: estudo transversal, com coleta de dados realizada entre agosto de 2021 e janeiro de 2022, baseado nas respostas de 258 mulheres que estiveram gestantes ou pariram durante a pandemia, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: entre as entrevistadas, 27,1% tiveram COVID-19, sendo mais comumente relatados os sintomas perda de olfato e fadiga. A prevalência de procura por pronto atendimento foi de 30,4%, explicada por casos de maior gravidade, em que houve necessidade de internação (p < 0,001); portadoras de asma (p <0,001) e de hipertensão crônica (p <0,001). Conclusão: o Pronto atendimento foi o local de maior procura na presença dos sintomas, principalmente nos casos de maior gravidade e comorbidades, embora os resultados sejam divergentes das orientações constantes nos protocolos nacionais e internacionais voltados para assistência à população obstétrica.ABSTRACTObjective: to identify factors associated with demand for emergency health services from pregnant/puerperal women with COVID-19. Method: in this cross-sectional study, data were collected between August 2021 and January 2022 from the responses of 258 women who were pregnant or gave birth during the pandemic, after research ethics committee approval. Results: 27.1% of respondents had COVID-19, with loss of smell and fatigue being the most commonly reported symptoms. The highest prevalence of seeking emergency hospital care (30.4%) was accounted for by the more serious cases, who sought emergency care needing hospitalization (p < 0.001), patients with asthma (p < 0.001) and chronic hypertension (p < 0.001). Conclusion: the emergency facility was the service most accessed in the presence of symptoms, especially in cases of greater severity and comorbidities, although the results are at variance with the guidelines contained in national and international protocols on care for the obstetric population.RESUMENObjetivo: identificar los factores asociados a la búsqueda de servicios médicos de urgencia por embarazadas y puérperas con infección por COVID-19. Método: estudio transversal, cuya recolección de datos tuvo lugar entre agosto de 2021 y enero de 2022, a partir de las respuestas de 258 mujeres que estuvieron embarazadas o dieron a luz durante la pandemia, previa aprobación del Comité de Ética en Investigación de la Institución. Resultados: entre las encuestadas, el 27,1% tuvo COVID-19, siendo más comunes los síntomas como pérdida del olfato y cansancio. La prevalencia de búsqueda de atención en urgencias fue del 30,4%, explicada por casos de mayor gravedad, en los que hubo necesidad de hospitalización (p < 0,001); asma (p <0,001) e hipertensión crónica (p <0,001). Conclusión: el Servicio de Urgencias fue el lugar más buscado ante la presencia de síntomas, especialmente en los casos de mayor gravedad y comorbilidades, aunque los resultados sean divergentes de las directrices contenidas em los protocolos nacionales e internacionales dirigidos a la atención de la población obstétrica.