OBJETIVO: O vírus da hepatite B é um risco ocupacional reconhecido na odontologia. Além de aderir às precauções padrão, todos os profissionais da odontologia devem se proteger através da vacinação contra a hepatite B e confirmação da imunidade. Este estudo verificou a aderência às medidas de proteção individual contra a hepatite B, incluindo a vacinação e o uso de equipamentos de proteção individual, entre cirurgiões-dentistas e auxiliares de consultório dentário do município de Florianópolis, localizado no sul do Brasil. MÉTODOS: Neste estudo transversal, os dados foram coletados através de questionários auto-aplicáveis. Foram obtidas respostas de 289 cirurgiões-dentistas e 104 auxiliares. RESULTADOS: A prevalência da vacinação completa contra a hepatite B foi 73,4% entre os dentistas e 39,4% entre os auxiliares. Apenas 32,1% e 21,9% deles, respectivamente, monitoraram a resposta vacinal. A vacinação completa foi positivamente associada com o ano de formatura a partir de 1997 (RP = 1,16; IC95% = 1,01-1,33) e atuação predominantemente em especialidade cirúrgica (RP = 1,24; IC95% = 1,02-1,51) entre os dentistas e com a realização de curso de formação entre os auxiliares (RP = 1,96; IC95% = 1,23-3,14). O uso constante de luvas, máscara e óculos de proteção foi mais elevado entre os dentistas do que entre os auxiliares. CONCLUSÃO: São indicadas campanhas visando a vacinação daqueles que não o fizeram ou não completaram o esquema vacinal e informações sobre a necessidade do monitoramento da resposta vacinal. Medidas educativas são recomendadas para elevar a aderência às medidas de proteção pessoal, voltadas especialmente aos auxiliares.