A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível causada pelo Treponema Pallidum, na qual o tratamento da mesma durante a gestação é indispensável, contudo, se não tratada pode evoluir para quadros de neonatos precoces e a morte fetal. A sífilis congênita é uma patologia de notificação compulsória, categorizada como doença infectocontagiosa devido a propagação do T. pallidum por via transplacentária, durante a gravidez. No Brasil, os dados do boletim de 2018 do Ministério da Saúde foram notificados 158.051 casos de sífilis onde 26.219 dos casos representavam sífilis congênita evoluindo para 241 óbitos. Este artigo buscou descrever o perfil dos casos de sífilis na gestação, notificados na região Nordeste, Brasil, do ano de 2009 ao 2018. Foi realizado um levantamento epidemiológico de sífilis congênitas na região Nordeste no período de 2009 a 2018. Os resultados obtidos através do levantamento demonstram aumento da incidência no diagnóstico por ano a cada mil nascidos vivos, tal como observa-se para gestantes de 20 a 29 anos, bem como no diagnóstico durante o segundo e terceiro trimestre da gestação, além de apresentar um número crescente nos casos de adesão ao tratamento, retratando número crescente de mães que realizaram o pré-natal. A prevalência de sífilis foi observada em mulheres com nível de escolaridade mais baixos. Em decorrência desse levantamento de dados, viu-se a relevância que o estudo apresenta, tendo em vista a importância epidemiológica destes dados para a aplicação de políticas públicas.