Objetivo: Analisar a taxa de reuso de seringas e agulhas e identificar as práticas de descarte de perfurocortantes por usuários de insulina. Método: Estudo transversal, realizado com pessoas diagnosticadas com diabetes mellitus tipo II de um Centro de Referência em Diagnóstico e Terapêutica da região Centro-Oeste do Brasil. Foram utilizados dados secundários provenientes de prontuários e fichas de consulta. As diferenças de proporção foram estimadas pelo teste qui-quadrado, considerando-se p<0,05. Resultados: A taxa de reuso de seringas e agulhas foi de 94,9%. Houve alta prevalência do reuso de seringas e agulhas por mulheres, com mais de 60 anos, com tempo de estudo menor do que cinco anos, que possuíam mais de 11 anos de diagnóstico. A maioria dos usuários descartou as agulhas e seringas no lixo domiciliar. Tais dados evidenciam que as práticas de autocuidado realizadas pelas pessoas com DM quanto ao reuso e descarte de perfurocortantes não são seguras e podem favorecer complicações. Conclusão: Apesar das características demográficas e clínicas não terem apresentado associação com o reuso, esforços devem ser direcionados para as práticas de educação em saúde, levando em consideração o contexto da pessoa, a condição socioeconômica, nível de escolaridade e seu papel ativo no seguimento do tratamento.