Foram revisados 126 relatos de casos dos últimos 10 anos dispostos em 122 publicações na plataforma PUBMED, pelo descritor “Wallerberg’s syndrome”. Encontrou-se que a idade média dos pacientes foi 50,92 anos; sendo 22,4% do sexo feminino e 77,6%, masculino. Dentre os fatores de risco, 41,3% eram hipertensos; 19,8%, tabagistas; 16,7%, diabéticos; 16,7%, cardiopatas; 11,9% com histórico de acidente vascular encefálico; 9,6%, etilistas; 9,6% dislipidêmicos. Destacou-se, dentre sinais e sintomas, a vertigem, em 55,6% dos pacientes, e o nistagmo, em 34,1%. Ambos podem decorrer da lesão nos núcleos do nervo vestibulococlear. A disfagia e as alterações na fala ocorreram em 46,8% e 32,5%, respectivamente. Esses sinais podem associar-se a danos no núcleo ambíguo e em fibras que originam os nervos glossofaríngeo e vago. A ataxia é presente em 45,2%, e pode ocorrer por conta de lesão das fibras espinocerebelares e do pedúnculo cerebelar inferior. A Síndrome de Horner foi descrita em 40,5% dos casos, está associada à lesão das fibras simpáticas pré-ganglionares descendentes. As parestesias facial e corporal, ambas observadas em 37,3% dos casos, podem surgir a partir de lesão no trato ou núcleo espinhal do trigêmeo. Por último, náusea foi relatado por 27,8% dos indivíduos acometidos, enquanto êmese, em 26,2%. Ambas podem ocorrer por lesão direta em núcleo vestibular inferior e em vias vestibulares.