Fatalismo Social (FS) é definido como um esquema de crenças caracterizado por passividade, resignação, crítica reduzida e pouco controle em relação às contingências da vida. Esse estudo transversal apresenta o processo de adaptação da Escala de Fatalismo Social (EFS) e a análise de suas evidências de validade para o contexto brasileiro. Participaram 213indivíduos. O instrumento foi adaptado para o contexto brasileiro e aplicado junto à Escala de Lócus de Controle de Levenson (ELCL). O modelo original da escala foi testado mediante análise fatorial confirmatória, que apresentou índices de ajustes adequados: CFI = 0,97; TLI = 0,97; RMSEA = 0,07 (I.C = 0,05–0,08). Os coeficientes de consistência interna foram satisfatórios para a escala total (α = 0,83, ωt = 0,79), e para as dimensões de Predeterminação (α = 0,90, ωt = 0,91) e Presentismo (α = 0,78, ωt = 0,80); foram moderados nas dimensões de Ausência de controle (α = 0,68, ωt = 0,70) e Pessimismo (α = 0,54, ωt = 0,66). Quanto às evidências de validade convergente, a EFS apresentou correlações significativas e positivas com a dimensão de Locus de Controle Externo da ELCL. O uso da EFS pode contribuir para uma avaliação efetiva da presença e intensidade do FS nos esquemas cognitivos de processamento de informações da população brasileira.