Esquizofrenia é uma doença crônica, de natureza multifatorial, prevalente em 1% da população mundial. O tratamento é realizado com antipsicóticos convencionais ou atípicos. A evolução no tratamento da esquizofrenia se deu com os antipsicóticos atípicos, pois eles oferecem menos efeitos e permitem uma atuação simultânea sobre os sintomas positivos e negativos da doença. Esses fármacos são usados tanto para o controle da esquizofrenia quanto de outras psicopatologias, por exemplo, o Transtorno Afetivo Bipolar (CID F31). As bulas dos medicamentos antipsicóticos alertam para o cuidado ao utilizar o medicamento em pacientes diabéticos ou que apresentem risco de desenvolver a diabetes, sendo recomendado o monitoramento glicêmico de tais pacientes. Em decorrência desse efeito, o presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento de informações a respeito do desenvolvimento de diabetes, em decorrência do uso de antipsicóticos atípicos para o tratamento de esquizofrenia, transtornos esquizotípicos, transtornos delirantes e outros transtornos que se assemelham à esquizofrenia. Essa é uma pesquisa descritiva, de análise quantitativa, com ênfase em dados bibliográficos e pesquisa de campo, na qual foram coletados dados, por meio de prontuários, com pacientes de área de abrangência do centro de atenção psicossocial (CAPS II), da cidade de Maringá-PR. Os resultados encontrados por meio desse estudo foram os efeitos colaterais dos fármacos, sua relação com idade, gênero, posologia e tempo de uso. Além disso, pode-se perceber a influência multifatorial para o desenvolvimento de outras comorbidades. Com isso, é possível contribuir para orientações adequadas, enfatizando os malefícios que a administração inadequada desses medicamentos pode gerar.