Fatores associados à atividade física na deficiência visual

Abstract

Objetivo: Verificar os fatores determinantes para a prática de atividade física regular no lazer em adultos com deficiência visual da Grande Florianópolis. Método: Foi realizada uma entrevista pré-estruturada e validada com 168 adultos com deficiência visual, membros da Associação Catarinense para Integração dos Cegos. Resultados: 44% estão na faixa recomendável para o IMC e 30% são considerados ativos atualmente, diferentemente destes indivíduos na infância, quando 63% eram considerados ativos. Nas análises de razão de chances, encontrou-se que aqueles que apresentavam comportamento ativo na infância possuem menores chances de serem ativos na vida adulta e aqueles que possuem ensino superior completo ou pós-graduação e foram moderadamente ativos na infância possuem mais chances de serem ativos do que os demais adultos com deficiência visual. Conclusão: Estes resultados mostram o aumento significativo de sedentarismo, sobrepeso e obesidade neste segmento populacional, aumentando ainda mais as chances de desenvolverem doenças crônicas não transmissíveis.

Exercício físico para deficientes visuais: Uma revisão integrativa dos protocolos de treinamento

“…A prática regular de atividade física traz grandes benefícios, como promoção de saúde e a prevenção de doenças crônico-degenerativas, como o diabete e as doenças do coração, auxiliando na diminuição do estresse e da ansiedade, no qual sabemos que é uma grande preocupação nos dias atuais (Machado et al, 2017). Segundo Scherer, pessoas com deficiência visual que não possuem oportunidades para a prática de atividade física tendem a ser mais sedentárias, por conta das limitações, a falta de acessibilidade pode gerar um impacto negativo na qualidade de vida desta população (Scherer et al, 2018).…”

“…Dito isso, a Organização Mundial de Saúde preconiza que, um indivíduo adulto precisa realizar o total de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana, para não entrar na estatística de um comportamento sedentário, ou seja, um gasto de 60 minutos por dia, no qual pode ser realizada como parte do trabalho ou lazer (Vancini et al, 2021). Portanto, a prática de atividade ou exercícios físicos para promoção e manutenção da saúde, e a inclusão do deficiente visual na sociedade é de grande importância, evitando assim, doenças associadas à inatividade, como a obesidade, sedentarismo tirando essa população de um comportamento sedentário (Scherer et al, 2018).…”

Incidência de dor e impacto na qualidade de vida de pessoas com deficiência visual praticantes de goalball / Incidence of pain and impact on the quality of life of visually impaired goalball players

“…Para Nahas (2017), o conceito de qualidade de vida é muito amplo e diferente de pessoa para pessoa, envolvendo aspectos ambientais e sociosculturais. A literatura aponta uma interferência benéfica da prática de atividade física na perceção da qualidade de vida, porém, quando ocorrem excessos e possíveis lesões, essa percepção pode ser alterada (SCHERER; KARASIAK; BORGATTO, 2018).…”