Introdução: O envelhecimento em si não está relacionado apenas com a prevalência de doenças crônicas, mas também com a síndrome da fragilidade, e merece muito cuidado pois sua presença está relacionada com redução da expectativa de vida saudável, prejuízo na autonomia e independência funcional do idoso, consequentemente deterioração da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o nível de dependência funcional dos idosos da comunidade com base nas atividades instrumentais da vida diária (AIVD), segundo variáveis demográficas e socioeconômicas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, com delineamento transversal, analítico, ambos os sexos e faixa etária entre 60 a 90 anos. Para avaliação da capacidade funcional por meio das atividades instrumentais de vida diária foi utilizada a escala de Lawton e Brody. Resultados: Participaram do estudo 56 idosos, predominantemente do sexo feminino (82,1%), com média de idade de 69,84 anos e desvio padrão de 6,2 anos, viúvos (48,2%), com 3 filhos ou mais (94,6%), com ≤ 8 anos de estudo (83,9%) e que vivia com até um salário mínimo (53,6%). A grande maioria dos idosos encontrara-se independentes segundo a escala de AIVD, com achados de dependência de 32,1%. A dependência foi mais prevalente entre as mulheres (39,1%) que possuíam alguma doença (37,5%). Conclusão: A maioria dos idosos são independentes para realização de atividades instrumentais de vida diária, e a dependência esteve associada à presença de doenças e ser do sexo feminino.