Fatores associados à mortalidade perinatal em uma capital do Nordeste brasileiro

Abstract

Resumo O objetivo do estudo foi avaliar os fatores sociodemográficos, maternos e do recém-nascido associados à mortalidade perinatal em São Luís, Maranhão. Os óbitos perinatais foram identificados na coorte e pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. Foram incluídos 5.236 nascimentos, sendo 70 óbitos fetais e 36 neonatais precoces. Para investigar os fatores associados utilizou-se análise de regressão logística com modelo hierarquizado. O coeficiente de mortalidade perinatal foi 20,2 por mil nascimentos. A baixa escolaridade materna e a ausência de companheiro foram associadas a maior chance de óbito perinatal. A família ser chefiada por outros familiares foi fator de proteção. Tiveram maior chance de óbito perinatal filhos de mães que não realizaram pelo menos seis consultas de pré-natal (OR=4,61; IC95%:2,43-8,74) e com gravidez múltipla (OR=9,15; IC95%:4,08-20,53). Presença de malformações congênitas (OR=4,13; IC95%:1,23-13,82), nascimento pré-termo (OR= 3,36; IC95%: 1,56-7,22) e baixo peso ao nascer (BPN) (OR=11,87; IC95%:5,46-25,82) se associaram ao óbito perinatal. A mortalidade perinatal foi associada à vulnerabilidade social, não realização do número de consultas pré-natal recomendado, malformações congênitas, nascimento pré-termo e BPN.

Índices de mortalidade neonatal por sífilis congênita no Nordeste: caracterização do perfil epidemiológico

“…No entanto, a taxa de mortalidade neonatal por sífilis congênita no Nordeste foi de 0,062 por mil nascimentos e os fatores de risco associados a esse resultado foram, baixa escolaridade materna, mães como chefes de família, mães solteiras, não comparecimento a pelo menos seis pré-natais, a presença de defeitos congênitos, parto prematuro e baixo peso ao nascer (Serra et al, 2022).…”

“…Portanto, um cronograma mínimo de consultas de pré-natal deve ser monitorado e de qualidade suficiente para garantir a detecção precoce de doenças gestacionais e defeitos congênitos. A assistência pré-natal adequada pode ajudar a intervir nos fatores de risco comportamentais, no controle de infecções e doenças maternas, auxiliando na redução da ocorrência de desfechos adversos no recém-nascido (Serra et al, 2022).…”

Análise da Mortalidade Perinatal na Baixada Maranhense entre os anos de 2018 a 2021

“…Portanto, fazendo uma assistência de qualidade minimiza casos de mortalidade perinatal, que são ações adequadas de promoção e atenção à saúde. Tal classificação instrumentaliza a análise da evitabilidade e compreende o registro da causa de morte, conforme a Classificação Internacional De Doenças (CID-10), existem muitas na detecção precoce de doenças gestacionais, seu manejo e tratamento, bem como na prevenção de intercorrências durante a gestação, parto e puerpério são causas de morte evitáveis que contribuem para que, apesar das reduções na taxa de mortalidade perinatal, que ainda é uma preocupação no âmbito saúde pública no Brasil (Serra et al, 2020).…”

Consulta pré-natal realizada por enfermeiros sob a perspectiva das gestantes: uma revisão integrativa

“…A adesão às consultas impacta no número de óbitos infantis, sendo quanto maior o número de consultas menor a incidência de mortalidade (Alves & Coelho, 2021). Dados semelhante ao encontrado na cidade de São Luís, capital maranhense, onde a não realização de pelo menos 6 consultas foi associado com o desfecho (Serra et al, 2022).…”