Essa revisão sistemática da literatura teve o objetivo de reunir e analisar o conteúdo científico relacionado aos fatores de risco implícitos e explícitos que podem predispor crianças ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA). As referências bibliográficas foram obtidas nas bases de dados PubMed, LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica) e Google Scholar (Google Acadêmico). Os resultados dos 07 artigos analisados, num total de 36 publicados entre 2010-2020, revelam que os fatores de risco implicados para a manutenção da Transmissão Vertical do HIV são variados e muitas vezes coincidentes entre as publicações selecionadas, como a possibilidade do teste anti-HIV positivo e o aleitamento materno ter sido realizado sem o resultado da testagem, o fato de o resultado sorológico para o HIV no momento do parto ser desconhecido, de as gestantes terem, em geral, menos de 30 anos de idade, não serem brancas, possuírem baixo nível educacional e econômico, além de fazerem uso de tatuagens, piercings e drogas inalatórias. Em suma, esse perfil alia-se às recentes tendências da epidemia da AIDS, que precisam ser reparadas no Brasil, com a feminização, além da pauperização e da interiorização.