Objetivo: verificar a correlação entre o tipo de calçado com alterações cutâneas, musculoesqueléticas e neurolológicas em pés de diabéticos de uma Unidade de Saúde da Família. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, realizado entre setembro de 2018 a julho de 2019 com 106 usuários diabéticos. O exame físico envolveu os sistemas cutâneo, musculoesquelético e neurológico. Quanto a neurológica verificou-se a sensibilidade tátil à pressão por meio de monofilamentos de 10g e a sensibilidade dolorosa por meio do teste de sensação de picadas. Os calçados também foram avaliados por meio de parâmetros pré-estabelecidos. Os dados foram analisados por meio do Statistical Package for the Social Sciencies através do teste Qui-quadrado com correção de Yates. CAAE: 65743417.8.0000.5206; número do parecer (2.009.766). Resultados: verificou-se que a idade mediana dos participantes foi 64,3 anos. 69,81% dos avaliados portavam calçados inadequados e parcialmente adequados. Destes, 36,4% tinham calos (p-valor: 0,006), 10,3% haviam perdido a sensibilidade tátil à pressão e em 9,4% a sensibilidade dolorosa estava ausente (p-valor: 0,003). Conclusão: verificou-se que o uso de calçados inadequados associado a neuropatia diabética periférica e às alterações cutâneas, aumentam o risco de ulceração, instalando um quadro de pé diabético.Descritores: Atenção Primária à Saúde. Diabetes Mellitus. Prevalência. Pé Diabético. Promoção da Saúde.