O presente artigo objetiva identificar a prevalência do aleitamento materno exclusivo e os principais fatores que levam as nutrizes a interromper o aleitamento materno exclusivo antes dos seis meses de vida do bebê. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir da base de dados eletrônica PubMED, usando os descritores “aleitamento materno/breastfeeding” e “desmame/weaning” com os operadores booleanos “e/AND”. Na busca inicial, foram encontrados 3097 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram analisados 15 trabalhos. As taxas de aleitamento materno exclusivo variaram entre 14,8% e 98,1%. Os principais fatores associados ao desmame precoce foram: baixo nível de escolaridade da mãe, situação conjugal instável, retorno da mulher ao trabalho, crenças e mitos maternos, problemas mamários, além de aspectos emocionais da puérpera. É possível observar que a prevalência do aleitamento materno no Brasil está bastante aquém das recomendadas e esperadas, que a amamentação é uma prática de caráter multifatorial, e que o desmame precoce está relacionado a diferentes fatores. Diante disso, se faz necessária a implementação da assistência pré e pós-natal, com informações sobre aleitamento materno, sua prática e vantagens, além de formular estratégias eficazes para melhorar a prevalência do aleitamento materno no Brasil. É importante, também, realizar pesquisas regionais com metodologias mais rebuscadas com a finalidade de evidenciar as causas que impactam, naquele local, o desmame precoce, e assim formular estratégias eficazes para melhorar a prevalência do aleitamento materno no Brasil.