Resumo Introdução Exercer a função de cuidador de pessoas idosas institucionalizadas tem demonstrado suscetibilidade ao estresse, que de forma crônica e adaptativa pode levar à síndrome de Burnout. Nesse contexto, estratégias de coping podem atenuar ou retardar o impacto negativo de fatores organizacionais. Objetivos Avaliar a percepção de estresse, síndrome de Burnout e estratégias de enfrentamento em cuidadores formais de pessoas idosas institucionalizadas e verificar como se correlacionam. Método Estudo transversal conduzido com 54 profissionais que desempenham atividades de cuidado a pessoas idosas residentes em três instituições de longa permanência. Foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfica, laboral e de saúde; a Escala de Estresse Percebido; o Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey (MBI-HSS); e a Escala de Coping Ocupacional. A correlação entre os valores obtidos pelos instrumentos foi verificada utilizando o método estatístico LOESS. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Resultados Houve predomínio de participantes do sexo feminino, com idade entre 36 e 51 anos, ensino médio concluído, casados(as) e com filho(s), com renda familiar mensal entre 1 e 3 salários-mínimos. A análise estatística revelou uma correlação significativa entre a percepção de estresse e síndrome de Burnout, além de uma tendência em que maiores níveis de estratégias de enfrentamento exercem uma correlação negativa sobre a percepção de estresse, independentemente da síndrome. Conclusão O rastreio do estresse e da síndrome de Burnout em profissionais que exercem cuidado a pessoas idosas institucionalizadas é importante para implementar ações preventivas destinadas a essa população, podendo mitigar distúrbios de natureza física, emocional e psicológica.