Fatores de risco associados ao acometimento pela COVID-19 em pacientes oncológicos: uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: A pandemia da COVID-19 afetou inúmeros aspectos da vida cotidiana mundialmente. Nesse cenário, encontram-se os pacientes oncológicos, cuja sensibilidade imunológica cria impasses às necessidades de comparecer a ambientes hospitalares e da manutenção de tratamentos, com risco de exposição ao vírus. Objetivos: Identificar fatores de risco relacionados à COVID-19 em pacientes com câncer. Metodologia: Revisão sistemática da literatura, cuja seleção ocorreu após pesquisa por publicações que abordassem aspectos da COVID-19 em pacientes com neoplasias, nas bases de dados BVS/Lilacs e MEDLINE/PubMed, com uso dos termos “COVID-19” and “cancer” or “câncer” and “Brazil” (DeCs e MeSH terms). Resultados: A evidência indica maior suscetibilidade a contrair COVID-19 e maior chance de internamento para pacientes com câncer, assim como, maior proporção de óbitos nessa população. Conclusão: Consonante com estudos em outros continentes, no Brasil, a imunossupressão e a submissão a tratamentos anticâncer indicaram maiores riscos para evolução mais grave da COVID-19.

O agravamento da COVID-19 em pacientes oncológicos no Brasil

“…No contexto dos fatores de risco, o elevado potencial de infecção por essa virose pelos indivíduos acometidos por carcinoma torna-se mais alarmante com as complicações respiratórias graves, as quais muitas vezes exigem internações em UTIs (ASCO, 2020). Ademais, as terapêuticas oncológicas, tais quais a quimioterapia e a cirurgia, são associadas ao aumento da contaminação, no mês precedente à infecção porCovid-19 (Fravretto I.;Jaques H. et al, 2021). E no que se refere à mortalidade, apresentaram porcentagens de morte bem superior em carcinogênicos quando comparados à população em geral(Yarza R.; Bover M. et al, 2020).Quanto aos métodos de diagnóstico e de tratamento, essas análises mostraram a importância da detecção precoce do câncer, envolvendo desde o rastreio até o diagnóstico e as dificuldades enfrentadas pelo Sistema de Saúde brasileiro, especialmente no âmbito público, em um contexto de pico pandêmico (Carvalho H.A.…”