Introdução: O conhecimento das características de nascimento e óbitos de recém-nascidos, condições biológicas da gestação e parto, bem como dos neonatos admitidos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), disponibilizadas através de estudos epidemiológicos podem subsidiar ações de assistência em saúde materno-infantil, minimizando a ocorrência de agravos e planejando um atendimento mais adequado. Objetivo: Descrever os aspectos clínicos de recém-nascidos admitidos na UTIN de hospital de referência da região norte do país. Métodos: Estudo transversal, descritivo e documental com amostragem aleatória simples composta por 318 prontuários de recém-nascidos admitidos na UTIN no ano de 2013, coletados por meio de ficha estruturada durante os meses de abril a julho de 2014. Foi realizada análise descritiva simples dos dados. Resultados: A amostra constituiu-se de neonatos masculinos (53,14%), prematuros (92,14%) e de baixo peso ao nascimento (80,5%), com Apgar adequados no 1º e 5º minutos e sem utilizar surfactante pulmonar exógeno (54,72%). Suas genitoras constituíram-se de adultas jovens, com pré-natal inadequado (72,6%), partos cesarianos (56,0%), sem corticoterapia antenatal (91,19%) e provenientes do interior do estado (44,0%). Prematuridade foi a principal causa de admissão na Unidade (77,04%). Os neonatos necessitaram de suporte ventilatório, oxigenoterapia e assistência fisioterapêutica (92,14%). No total, 55% dos óbitos ocorreram precocemente, sendo o choque séptico a principal causa (40,83%). Conclusão: Estes resultados revelam as características dos recém-nascidos desta Unidade podendo contribuir no direcionamento de ações públicas voltadas à prevenção de agravos e a promoção da saúde materna e neonatal a nível regional e nacional.