“…Entre os fatores listados em estudos epidemiológicos como associados ao risco elevado de suicídio estão variáveis demográficas, socioprofissionais e psicossociais, como depressão, agressividade, impulsividade, desesperança, alcoolismo, idade, gênero, substâncias químicas e psicoativas, além de perda de suporte social, emprego, dificuldades profissionais e desengajamento social (Baptista & Borges, 2004;Calixto & Zerbini, 2016;Cardoso et al, 2014;Félix et al, 2016). Voltando-se especificamente para a análise do suicídio nos contextos de trabalho, nota-se na contribuição de Dejours (1997) uma leitura do fenômeno com maior ênfase em aspectos subjetivos do trabalhador, os quais são mediados pelas desiguais e perversas relações laborais provenientes de políticas neoliberais que incidem na precarização dos contextos e do significado do próprio trabalho.…”