As intoxicações constituem um grave problema de saúde pública, seja pelo largo impacto na saúde individual e coletiva, seja pelo importante custo econômico e social, ou pelos riscos que oferece ao meio ambiente. Este estudo tem por objetivo analisar textos publicados em periódicos científicos acerca das intoxicações humanas, a fim de esclarecer o processo de adoecimento e a adequada tomada de decisão à luz dos pressupostos das teorias de Epidemiologia Social e da Teoria da História Natural da Doença. Trata-se de estudo com abordagem qualitativa que adota o método de revisão integrativa. Os estudos selecionados tratam de categorias de substâncias tóxicas e circunstâncias de envenenamento variadas. São esclarecidos aspectos referentes ao agente, ao ambiente e ao hospedeiro (tríade ecológica) envolvidos em eventos tóxicos. As prevenções primária, secundária e terciária das intoxicações humanas são elaboradas de acordo com características dos períodos pré-patológico e patológico. Concluiu-se que estudos com delineamento capaz de definir padrão, temporalidade e espacialização de agravos são indispensáveis e necessários para a formulação e implantação de políticas e programas preventivos de uso racional de substâncias químicas, orientando as ações em toxicovigilância.
Palavras-chave: Envenenamento. Toxicologia. Epidemiologia.