“…As oscilações glacio-eustáticas são, portanto, a chave para a compreensão dos eventos geológicos e sedimentológicos ocorridos nas plataformas continentais durante o Quaternário (últimos ~2,6 Ma), como, por exemplo, na plataforma sul fluminense. Trabalhos anteriormente realizados na plataforma continental sul fluminense relatam a ocorrência de sedimentos transgresssivos de forma bastante esparsa e pouco representativa em termos de espessura, condições atribuídas a uma plataforma até então classificada como tipicamente faminta durante o Pleistoceno-Holoceno (e. g., Zembruscki, 1979;Maia et al, 2010;Reis et al, 2011). Contudo, dados sísmicos de alta resolução recentemente coletados e analisados na área de estudo (Figura 1) revelaram, por exemplo, a deposição de camadas sedimentares contínuas de até 15-20 m de espessura durante a última transgressão (sequência Sq5 depositada sobre a última superfície de exposição regional da plataforma continental (S5)), indicando aporte sedimentar para a região em condições de plataforma não faminta (REIS et al, 2013).…”