Feijão-Caupi Irrigado Com Água Salina E Adubado Com Esterco Bovino

Abstract

O feijão-caupi constitui-se em um dos principais componentes da dieta alimentar nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento do feijão-caupi submetido à irrigação com água com diferentes níveis de salinidade e adubado com esterco bovino. O experimento foi conduzido em condições de ambiente protegido em casa de vegetação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 5, referente ao solo com e sem aplicação de esterco bovino (20 ton ha-1), e cinco níveis de salinidade da água de irrigação (0,64; 1,32; 2,43; 3,22; 4,20 dS m-1), com quatro repetições. As variáveis avaliadas foram: altura da planta, diâmetro do caule, matéria seca da parte aérea, matéria seca das raízes, matéria seca total, número e comprimento de vagens, produtividade e a condutividade elétrica do solo. A altura da planta foi reduzida linearmente à medida que se aumentou a condutividade elétrica da água de irrigação (de 0,64 para 4,20 dS m-1), com uma redução de 24,07 e 32,34%, com e sem aplicação de esterco, respectivamente. A produtividade apresentou redução de 71,42% no tratamento que recebeu esterco e de 80,99% sem aplicação de esterco. Todas as variáveis analisadas foram influenciadas pela salinidade da água de irrigação promovendo redução do menor para o maior nível de salinidade. A aplicação de esterco bovino contribuiu para diminuir os efeitos da salinidade da água de irrigação.

Salt water irrigation in different cultivars of lima bean

“…Corroborating the present study, Fonseca et al (2016), evaluated cowpea crop irrigated with saline water and found an increase in the electrical conductivity of the soil saturation extract. Similar behavior was observed by Pereira Filho et al (2017b), in the same type of soil as that of the present study (Argissolo Ve r melho-Amarelo -Ultisol), when irrigating the cowpea crop with water of increasing salinity.…”

Variedades de feijão-fava submetidas à níveis de salinidade e adubação orgânica

“…Alguns autores observaram efeitos interativos entre estes fatores em diversas espécies como Cucumis melo (PEREIRA et al, 2017;LOPES et al;2017), Cucurbita sp (SANTOS et al, 2018), Carica papaya (LIMA NETO et al, 2016) e Phaseolus Lunatus (NASCIMENTO et al, 2017 ................................... g k -1................................... .......................... g cm -3................................. m No que se refere ao comprimento do ramo (Figura 1) verificou-se que a variedade Raio-desol (V 2 ), apresentou maior comprimento se comparado às variedades Lavandeira (V 1 ) e a Rajada (V 3 ). Este comportamento pode está relacionado à capacidade genética da variedade de se desenvolver ou pela tolerância a salinidade, o que torna uma opção viável de cultivo, uma vez que o semiárido paraibano apresenta solos excessivamente salinos (PASSOS et al, 2010;ARANTES et al, 2016). A diversidade constatada entre cultivares também foi observada por Nascimento et al (2017) ao estudarem quatro cultivares de feijão-fava (Branca, Orelha de Vó, Rosinha e Roxinha), onde observaram que a cultivar Roxinha foi mais tolerante à salinidade.…”

“…A emissão foliar do feijão-fava acresceu até às condutividades de 1,4 e 1,7 dS m -1 , com maiores valores com uso do esterco bovino se comparado ao tratamento testemunha (ausente do insumo) nesta variedade, tal fato explicado pelo efeito benéfico deste insumo minimizando o efeito deletério em condições salinas (FONSECA et al, 2016).…”