Os efeitos das agressões à sociedade são diversos, com impactos negativos sobre o sistema de saúde e cofres públicos. Diante dessas consequências e da necessidade de uma primeira assistência rápida e qualificada, implementou-se a Política Nacional de Atenção às Urgências. Ela estabelece o componente pré-hospitalar móvel, representado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192, como estratégia fundamental na atenção às vítimas. O objetivo deste artigo é verificar a prevalência e o perfil das vítimas de agressão atendidas pelo SAMU 192 no estado do Espírito Santo. Realizou-se estudo transversal, com coleta retrospectiva, com análise dos atendimentos prestados as vítimas de agressão, realizadas pelo SAMU 192/ES no ano de 2020. As informações quanto a faixa etária e o sexo, bem como características do atendimento, foram coletadas e considerou-se agressão as vítimas de agressão corporal, arma de fogo e arma branca. Realizou-se análise descritiva. Concluiu-se que, 13,26% dos atendimentos foram destinados às vítimas de agressões. A maioria eram adultos jovens, homens, vítimas de agressão corporal, de risco moderado, atendidos durante a semana e à noite. A maior parte delas foram transportadas para hospitais públicos de referência em trauma, reforçando a necessidade de definir condutas e estabelecer prognóstico e ações de prevenção específicas planejadas e aplicadas na prática do profissional de saúde.