ResumoDesde a colonização os biomas brasileiros vêm sofrendo uma série de ações antrópicas que os afetam negativamente: não apenas a biodiversidade, mas também o bem-estar da sociedade, uma vez que fornecem diversos serviços ecossistêmicos primordiais para a manutenção da vida humana. Diversas são as ações que o homem realiza degrada o ambiente: o desmatamento, as queimadas, a fragmentação das florestas, a poluição das águas, o uso intensivo de defensivos agrícolas, a poluição do solo e afastam/extinguem microrganismos e vertebrados, entre outras. No entanto, por intermédio da execução de práticas de conservação integrativas, as áreas degradadas podem se reestabelecer e atingir novo equilíbrio ambiental. Na recuperação de áreas degradadas, devem-se considerar os fatores abióticos e os bióticos como agentes cruciais do processo, já que fazem parte da formação estrutural dos ecossistemas. A flora e a fauna possuem um alto grau de interações, uma vez que no decorrer da história evolutiva, plantas e animais criaram entre si uma relação de interdependência, mediante os benefícios gerados para ambos os grupos. Concebidas como produtoras em um ecossistema terrestre, as plantas fornecem para os animais: abrigo, alimento, espaços para a reprodução, entre outros; os animais, em contrapartida, podem estar envolvidos na reprodução de variadas espécies vegetais, especialmente ao que se refere à polinização e à dispersão. Assim sendo, a presença de seres vivos contribui na recuperação de áreas degradadas com diversos benefícios, tais como: cobertura e permeabilidade do solo, enriquecimento nutricional do solo, formação de teias alimentares, diversificação da flora e da fauna. Nesse sentido, o presente capítulo traz tópicos que demonstram como plantas e animais, por intermédio de suas interações, auxiliam na recuperação de ambientes antropizados.