Trata sobre as práticas informacionais da comunidade discursiva sobre Fibromialgia em grupos de apoio e discussão da mídia social Facebook. Tem como objetivo geral identificar as práticas informacionais dessa comunidade discursiva em grupos de discussão e apoio da mídia social, e como objetivos específicos conhecer como a comunidade discursiva busca, constrói, avalia e compartilha informações da vida cotidiana relacionadas à Fibromialgia, bem como verificar os tipos de informação que os sujeitos informacionais buscam e compartilham dentro dos grupos de discussão e apoio do Facebook. Constitui-se uma pesquisa exploratória e qualitativa que utiliza como técnica de coleta de dados o questionário auto aplicado, organizado de forma temática, composto por perguntas fechadas e divulgado em 6 (seis) grupos do Facebook: Fibromialgia e as dores, Fibromialgia eu tenho: amigos, Eu tenho fibromialgia e agora?, Fibromialgia e seus sintomas, Eu tenho fibromialgia e Grupo de apoio aos portadores de fibromialgia. Para analisar os dados, utilizou-se a análise temática realizada em três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos, e interpretação. A comunidade interessada no tema Fibromialgia serviu como corpus para a coleta de dados, sendo considerados, para isto, portadores e não-portadores da síndrome, de nacionalidade brasileira ou não, membros das já mencionadas comunidades no Facebook. Os resultados da pesquisa mostram que a comunidade discursiva é heterogênea e que as motivações para ingresso nestes grupos são diversas. Os indivíduos usam a mídia como fonte secundária de informação para resolver demandas específicas e são fontes informacionais para outros membros da comunidade. As informações compartilhadas têm, em sua maioria, objetivo interativo e revelam que os grupos funcionam não somente como espaço para obtenção de informações, mas também como local para apoio coletivo. O estudo também revelou que as experiências pessoais e médicas possuem a mesma relevância para os indivíduos e que as informações encontradas nos grupos da mídia podem impactar o cotidiano dos sujeitos. Conclui-se que os grupos são positivos e que contribuem não só para a construção coletiva de conhecimento como também para o enfrentamento da doença ao possibilitar a troca de experiências entre os indivíduos.