Fibrossarcoma em aves - Revisão bibliográfica

Abstract

Fibrossarcoma é uma neoplasia de origem mesenquimal, caracterizada pela proliferação excessiva de fibroblastos com característica maligna. Fibroblastos são células com núcleo grande, cromatina fina e nucléolo proeminente; seu citoplasma é basófilo e tendem ter um aspecto fusiforme. Sua função é a produção de colágeno, elastina e glicosaminoglicanos, além de proteínas que compõem a matriz extracelular. Fibrossarcoma costuma apresentar-se em formas de tumores com bordas irregulares, aderidas, consistência firme, podendo apresentar úlceras. As regiões mais acometidas são pele, tecido subcutâneo e cavidade oral. É uma neoplasia muito infiltrativa, porém com poucos relatos metastáticos. Esta neoplasia é comumente diagnosticada em aves, e costumam estar localizados em membros e cabeça, também há relatos em siringe, fígado, intestino, cloaca, sacos aéreos e pulmão. Quanto ao diagnóstico, a citologia com o exame histopatológico ou imunohistoquímica confirmam a neoplasia. Lipomas, papilomas e xantomas entram como diagnóstico diferencial. Estudos discutem a oncogênese viral de fibrossarcoma em galinhas desencadeado pelo retrovírus da leucose aviária do subtipo J. Para o tratamento de fibrossarcoma em aves recomenda-se a amputação de membros devido à alta frequência de recidiva e pela dificuldade de excisar as margens adequadas, como foi o caso de uma arara-canindé (Ara ararauna) apresentando massas em articulação tibiotarso-tarsometatarsal, obtendo sucesso no tratamento utilizando a técnica de amputação. Alguns casos demonstraram sucesso quando submetidos a radioterapia e cisplatina, um quimioterápico radiosensibilizador que demonstrou aumento dos efeitos da radiação local evitando toxidade. Relatado em arara-canindé (Ara ararauna) apresentando massas em região facial, e estabelecido o protocolo terapêutico de cisplatina intratumoral (dose empírica) combinada com radioterapia (dez sessões, três vezes por semana utilizando quatro grays por sessão, totalizando quarenta grays ao todo), a ave teve remissão completa em vinte e nove meses. Outro relato de